Sidebar

19
Sex., Abr.

África
Ferramentas

https://www.facebook.com/naturalmedis.africa/videos/954543371264720/

https://www.facebook.com/naturalmedis.africa/videos/954543371264720/

 

ARQUIPÉLAGO DE BAZARUTO | MOÇAMBIQUE
O arquipélago de Bazaruto (Moçambique) é um um dos mais belos do continente africano. Com uma paisagem idêntica em todas as ilhas, este arquipélago tem tudo o que se possa sonhar: águas cristalinas, areias brancas e recifes de coral.
Parece ser o último lugar do Mundo onde a paz de espírito é um animal subaquático com peso, cor e forma.

Moçambique tem mais de 2500 Km de costa banhada pelo Oceano Índico. O arquipélago de Bazaruto fica sensivelmente a 600 Km de Maputo, a Sul da Beira e em frente a Inhassoro e Vilankulo, sendo constituído por várias ilhas arenosas, de dimensão variada, em cujas águas nadam, a oeste, Manatins e Jacarés, e, a leste, peixes tropicais, golfinhos e tubarões.

O arquipélago de Bazaruto inclui, como ilhas mais importantes, Bazaruto, Benguerua, Santa Carolina, Magaruque e Lunene. Destas, só as duas primeiras são habitadas.
Durante a guerra civil, a população do arquipélago aumentou exponencialmente por razões óbvias: a guerra que, neste local não passou apenas de um ruído na vida dos pescadores e dos ostreiros.

Nestas ilhas ouve-se mais o "funingaloo" (língua franca desta região, inventada pelos mineiros na África do Sul) que o português ou o inglês, e o cheiro a peixe seco que enche o ar adjectiva o meio de subsistência dos nativos.
Junto ao mar, ouvem-se, muitas vezes, os cantos tribais com que os pescadores ritmam as remadas que quebram o espelho liso deste oceano, onde mora a tal paz de espírito, com peso, cor e forma subaquáticos.

Com 38 Km de comprimento e sete de largura, Bazaruto é a maior ilha do arquipélago e de Moçambique. Tem cerca de 2000 habitantes, que vivem quase exclusivamente da pesca, um hotel e um farol construído em 1914. Mas esta ilha tem também florestas densas de Casuarinas, que crescem mesmo até junto à praia, proporcionando excelentes sombras a quem prefere ficar fora de água.

Em 1971, parte do arquipélago foi considerada Parque Natural Marinho (Benguera, Magaruque e Bangue) e as ilhas de Bazaruto e Santa Carolina foram classificadas como zonas de vigilância especial.

Com cerca de 260 espécies diferentes e reconhecidas de aves, das quais se destacam as colónas de flamingos que pousam nos recifes de coral, no arquipélago de Bazaruto é possível encontrar exemplares de fauna marinha já extintos em outros pontos do Mundo.

Sereia mítica de poetas e marinheiros, o Dugongo é um mamífero a quem os pescadores chamam "mulher peixe" porque, dizem, tem seios e cabelos de algas; já quase não existe, podendo ser visto à volta das ilhas, constituindo uma atracção muto forte. Há ainda a possibilidade de observar tartarugas, golfinhos e tubarões.

O arquipélago de Bazaruto com quase 600 Km2 de rochas e areias macias, de conchas e corais, foi formado há centenas de milhares de anos quando a corrente do rio Limpopo depositou as areias na sua foz. Durante a maré baixa o arquipélago multiplica-se, surgindo várias ilhas brancas, cobertas de conchas, que voltam a ser engolidas pela água seis horas depois, quando a maré sobe deixando as ilhas a uma profundidade de dez metros.

Quando se mergulha neste mar, assiste-se a uma complexa explosão de vida colorida. Neste arquipélago pode-se encontrar, debaixo de água, quilómetros de recife e, sobre estas cordilheiras de coral, existem enormes cabeleiras esverdeadas, anémonas gigantes com enormes tentáculos globulares, policiadas de perto por peixes-palhaço que nelas habitam.

Entre os corais surgem também, para além dos tubarões, enormes cardumes que se movem de um lado para o outro como gigantescas manchas de cor e por entre grupos malignos de encharéus.

De facto se a vida tem um sentido, deverá ser este. Um incomensurável espaço a envolver um infindável tempo. Não existem paredes nem relógios neste maravilhoso arquipélago que se chama Bazaruto.

XXXIV Colóquio

XXVI Colóquio

26 Coloquio AICL